quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Novidade: bike de plástico reciclado


Pequenas e grandes ações em prol do meio ambiente se tornam cada vez mais comuns como bicicletas e produtos com materiais recicláveis
Novidade: bike de plástico reciclado
Que tal ajudar a resolver dois problemas de uma só vez? Esta é a proposta do artista plástico uruguaio radicado no Brasil, Juan Carlos Muzzi, ao criar uma bicicleta feita de garrafa PET reciclada.
Depois de muitos anos de pesquisa Juan idealizou e desenvolveu o quadro de bicicleta feito de resinas plásticas. Batizado de “Muzzicycles”, a bike apresenta muitas qualidades invejáveis, dentre elas a leveza e a resistência. O quadro pesa apenas cinco quilos e pode ser encontrados em dois graus de resistência: para aguentar ciclistas de até 80 kg ou até 120 kg.
O inventor garante que a bicicleta é resistente e durável. Os quadros têm dez anos de garantia e possuem proteção UV que aumentam sua durabilidade.
Os números divulgados sobre a empresa do artista são para fazer qualquer ambientalista sorrir. Em sua capacidade máxima, atualmente, as Muzzicycles seriam responsáveis por reciclar mais de 15 milhões de garrafas pet anualmente, o que faria com que quase três milhões de quilos de CO2 deixassem de ser jogados no meio ambiente nesse período. Além disso, o quadro dispensa o uso de soldas e não necessita ser pintado (já que o pigmento é adicionado ainda na sua fase de moldagem).
Em tempo: a bike não necessita também de amortecedor, o que diminui o processamento da alumina e a extração de ferro e bauxita.
Pra quem está animado pra adquirir sua Muzzicycle, as bikes estão à venda por R$ 250,00 no site do fabricante.
De olho no meio ambiente
Cada vez mais ações voltadas para o meio ambiente ganham corpo, inclusive entre as grandes multinacionais do planeta. A Apple, por exemplo, de Steve Jobs, que morreu nesta quinta-feira, vítima de câncer, reduziu o desperdício de materiais recicláveis num de seus principais produtos, o IMac, graças ao design ultra eficiente e o uso de alumínio e vidro, produtos que os recicladores podem aproveitar.
O maior desafio do mercado tecnológico, inclusive, é a presença de arsênico, retardadores de chama brominados (BFRs), mercúrio, ftalatos e cloreto de polivinil (PVC) nos produtos. Os engenheiros da Apple eliminaram os componentes retardadores de chamada brominados (BFRs) e o cloreto de polivinil (PVC) dos chips, cabos internos e externos, conectores, isolantes, adesivos e de muito outras substâncias no iMac.
A empresa de Jobs também se mostra preocupada com o meio ambiente ao remover de seus produtos os materiais considerados tóxicos como chumbo, PVC, mercúrio e arsênico.
Novidade: bike de plástico reciclado

RECICLAGEM DO ENTULHO NA CONSTRUÇÃO


O entulho da construção civil – uma montanha diária de resíduos formada por argamassa, areia, cerâmicas, concretos, madeira, metais, papéis, plásticos, pedras, tijolos, tintas, etc – tornou-se um sério problema nas grandes cidades brasileiras. E deveria estar na pauta das administrações municipais, já que a partir de julho de 2004, de acordo com a resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), as prefeituras estarão proibidas de receber os resíduos de construção e demolição no aterro sanitário. Cada município deverá ter um plano integrado de gerenciamento de resíduos da construção civil.Resíduos da Construção Civil

“Há muitos anos as políticas públicas estão voltadas ao lixo domiciliar e ao esgoto. Ignora-se o problema do resíduo da construção”, avalia o professor Vanderley John, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da USP. Envolvido com o estudo de resíduos da construção desde 1997, o professor é coordenador de um projeto de pesquisa desenvolvido em conjunto pela Escola Politécnica da USP e o Sinduscon SP. Integrado ao Programa de Tecnologia Para Habitação (Habitare), da FINEP, o projeto visa desenvolver normas técnicas para facilitar a reciclagem, além de metodologias de controle de qualidade dos produtos gerados. Outra meta é investigar novas aplicações para estes resíduos.

De acordo com o professor, resultados de pesquisas anteriores demonstram que as características dos resíduos de construção são muito variáveis. As tecnologias existentes não conseguem medir as características dos resíduos em tempo real de forma que mesmo agregados reciclados de excelente qualidade são empregados em funções menos exigentes, desvalorizando o produto. Assim, uma das metas mais ambiciosas da pesquisa é desenvolver um conjunto de tecnologias de caracterização dos resíduos que torne possível a identificação rápida e segura das oportunidades de reciclagem mais adequadas para cada lote. O objetivo é ampliar o mercado para os produtos reciclados e valorizar a fração de boa qualidade.

A expectativa da equipe é exportar a tecnologia para o mercado internacional, especialmente o Europeu, que está em franco desenvolvimento. De acordo com o professor, mesmo em paises europeus, como a Holanda, os métodos de controle de qualidade dos agregados reciclados ainda são precários. Ainda hoje são adotados métodos de caracterização da composição através de catação manual das diferentes frações, em um trabalho tedioso, caro e demorado. No projeto em andamento, este processo artesanal será substituído por um processo informatizado, de tratamento e análise de imagens digitais, geradas por câmeras de baixo custo.

Central de Vinhedo - São PauloPara desenvolvimento das metodologias, estão sendo estudados agregados reciclados reais de duas centrais de produção de agregado reciclado em São Paulo – um delas em Itaquera, e outra em Vinhedo (foto ao lado)."Os resultados preliminares confirmam a grande variabilidade desse entulho. Mesmo em cidades bastante próximas, os resíduos se mostraram bastantes diversos em sua composição", avalia o engenheiro Sérgio C. Angulo, cujo doutorado é uma das pesquisas em desenvolvimento no âmbito do projeto. Segundo o pesquisador, talvez a constatação mais importante seja de que a qualidade média dos agregados é muito superior ao esperado.

As pesquisas neste campo vêm também gerando diversas publicações e trazendo colaborações na produção de documentos na área de reaproveitamento de resíduos da construção. Atualmente a equipe participa da redação de um texto para subsidiar documentos da Câmara Ambiental da Indústria e de São Paulo. Também participou da elaboração de uma norma para orientação das atividades em áreas de transbordo e outro para áreas de triagem de resíduos da construção – os documentos já foram encaminhados à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Em breve o grupo deve enviar à associação um novo documento, que tem como abordagem o reaproveitamento do resíduo da construção como pavimento.

Ceará é destaque no setor de reciclagem


O homem está adquirindo a consciência de que o uso racional dos bens da natureza deve ser repensado.


Reciclagem

Os números apontam que nosso Estado está avançando rapidamente na questão da reciclagem e o Governo do Estado tem feito sua parte. Alcançar e desenvolver o Estado de forma sustentável tem sido uma das preocupações, um bom exemplo é a construção de projetos sustentáveis, como os parques eólicos”.

Segundo dados do Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais no Estado do Ceará (Sindiverde), uma das empresas realizadoras do evento, o Ceará é o estado brasileiro que mais recicla. Os dados também apontam que 211 empresas trabalham com a reutilização de plástico no Ceará, movimentando cerca de R$ 39 milhões por mês e gerando cerca de 3.150 empregos diretos.

Durante seu discurso o Governador também destacou a preocupação do Governo Estadual em garantir que todos os municípios possuam aterro sanitário de qualidade. Esse é um problema que afeta não só a população como todo o meio ambiente. Através de consórcios municipais vamos solucionar essa questão no Ceará.

Um dos objetivo é chamar a atenção da sociedade civil para a causa e despertar no setor empresarial a necessidade de capacitar seus funcionários”, destacou o presidente da Sindiverde, Marcos Augusto.