quarta-feira, 27 de junho de 2012


Pet reciclada vira telhado de alta resistência e baixo custo.

Telha feita de garrafa PET pela Telha Leve

De todas as “pragas” urbanas que poluem o planeta, o plástico pet é uma das piores. São produzidas, no mundo, vinte seis milhões de toneladas de garrafas pet por ano.
O Brasil participa deste mercado com nove milhões de toneladas / ano e recicla quase 55% disso. A maior parte do pet reciclado vai para a indústria têxtil. O Brasil até exporta fio de PET reciclado para China que também o usa na sua própria indústria têxtil. Como o custo do pet reciclado é até 20% menor do que o do pet original, o mercado para produto reciclado vem se ampliando rapidamente. O pet reciclado adquire diversas formas (pallets, fio, etc) e pode ser utilizado em relógios, vassouras, enchimento de bichos de pelúcia e muitos outros usos que ainda serão inventados. Um exemplo desta criatividade vem de Manaus, capital do Amazonas.
A empresa amazonense Telha Leve desenvolveu e fabrica um tipo de telha a partir do pet reciclado que substitui com vantagens aquelas de barro ou argila. Embora o produto em si seja mais caro que a telha tradicional, nas contas gerais da obra, sai mais barato usar a telha de plástico, porque, sendo mais leve, barateia em até 60% o custo total da estrutura. Um telhado convencional custa em torno de 10 mil reais. Com as telhas de pet, este custo poderia cair para até 3,5 mil reais.
A vida útil de um telhado assim é de quase 50 anos. Mas, se a telha receber resina de poliuretano, o telhado pode durar dez ou quinze anos mais. Entre as principais características das telhas plásticas estão a resistência a temperaturas até 85 graus Celsius e ao ressecamento; elas são “fogo retardantes”, isto é, queimam, mas não propagam as chamas; a fixação feita por meio de de abraçadeiras de nylons especiais, o que protege contra ventos fortes; o telhadista pode andar no telhado, sobre o ripamento de sustentação, mesmo procedimento de qualquer telhado. Além disso, a inclusão de aditivos anti-raios ultra violeta (uv) permite maior combate à radiação solar. 
O principal, no entanto, é que utiliza um terço da matéria-prima necessária à fabricação das telhas de barro e não há desmatamento de florestas ou queima da lenha nos fornos.

A Telha Leve trabalha com pet recebido de cem cooperativas da região de Manaus, contribuindo para promover a inclusão social dos catadores na vida econômica e na cidadania. Perto de 400 pessoas trabalham para estas cooperativas. A Telha Leve paga 800 reais por tonelada de pet.

A fábrica tem capacidade para reciclar 24 toneladas /dia de pet, mas só consegue receber dos catadores 80 toneladas / mês (menos de 3 toneladas por dia). Se houvesse mais organização e até logística, garantindo uma entrega mínima de matéria-prima diariamente, fábricas de telhas poderiam ser instaladas em várias cidades.

A empresa que fabrica este tipo de telha foi fundada em 1997 em Manaus, onde se localiza até hoje. Mas tem rede de distribuidores em todo o país. Tem 28 funcionários fixos e 400 trabalhando na cadeia produtiva. O faturamento está estimado em quase 1,5 milhão de reais por ano.

Já existem casas populares, supermercados, escolas e lojas em cujo telhado foram utilizadas as telhas de pet. Elas estão disponíveis em todas as lojas de material de construção.

Para desenvolver o projeto, o engenheiro Luis Antônio Formariz contou com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com apoio da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sect), da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas (Seplan), da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AM)
TELHAS DE VIDRO


Telhas de vidro aproveitam o sol para aquecer e produzir energia


 O sistema de aquecimento exclusivo é feito a partir do uso de telhas de vidro. | Foto: Inhabitat

 As telhas são instaladas sobre uma tela preta de nylon equipadas com fendas de ar. | Foto: Inhabitat

 O Solartech tem garantia de funcionamento de 40 anos. | Foto: Inhabitat

 As telhas são instaladas sobre uma tela preta de nylon equipadas com fendas de ar. | Foto: Inhabitat
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A empresa sueca SolTech Energy é especialista em desenvolver soluções em energia solar limpa. Entre as criações da companhia está um sistema de aquecimento exclusivo feito a partir do uso de telhas de vidro, que substituem os modelos tradicionais feitos em argila.
Além da diferença estética, o funcionamento da tecnologia também se difere das tradicionais, que utilizam tubos de água ou de vácuo para o aquecimento. As telhas, apelidadas de Soltech, são instaladas sobre uma tela preta de nylon equipadas com fendas de ar. Assim, a cor escura absorve o calor e faz o ar circular, que posteriormente é direcionado aos acumuladores para aquecer a água.
O sistema chega a gerar 350 kWh de calor por metro quadrado, dependendo do ângulo em que as telhas são dispostas e o clima local. Segundo a empresa, a inclinação pode variar de 45 a 15 graus. No entanto, tudo depende da latitude da casa, quanto mais perto do equador, menor é a inclinação necessária.
O Solartech tem garantia de funcionamento de até 40 anos. Assim, o consumidor logo tem o retorno pelo investimento e depois pode usufruir de energia limpa com custos operacionais muito baixos.
Desde 2011 a empresa disponibiliza três tipos de sistema de aquecimento: O Soltech Alpha, que é capaz de aquecer o ar; o Solar Sigma, ideal para o aquecimento de água; e o Soltech Power que é capaz de produzir eletricidade a partir do uso de células fotovoltaicas.

terça-feira, 29 de maio de 2012


Lâmpada utiliza energia solar e eólica para iluminação pública


Eco-Pole


A conscientização ambiental está literalmente ganhando as ruas. Prova disso é a invenção da empresa norte-americana SavWatt, que criou a lâmpada Eco-Pole para iluminação pública, que utiliza energia solar e eólica para funcionar.
Desenvolvida para a iluminação de ruas, praças e parques, a Eco-Pole é uma lâmpada de LED criada por uma empresa especializada em iluminação de baixo consumo. Se implantada nas cidades, a invenção reduziria os custos de energia elétrica, uma vez que independe dela para fazer as lâmpadas funcionarem.
A Eco-Pole utiliza LED de 60W, pode durar até 50 mil horas e é alimentada por uma microturbina de vento de 300W e por painéis solares de 90W. Embora tenha 60W de potência, a lâmpada ilumina o equivalente a uma incandescente de 250W.
O sistema de alimentação da Eco-Pole é protegido por uma capa ultrafina para que o aparelho não seja danificado devido ao fato de ficar exposto a diversas condições climáticas.
A lâmpada ecológica está em fase de teste em algumas cidades dos Estados Unidos. O resultado, até então, foi positivo. Economiza energia e não emite nenhum tipo de gás, o que diminui os níveis de poluição do ar.
Lâmpadas de LED são mais eficientes e quase não produzem calor. Apesar de serem muito mais caras que os modelos tradicionais, as LEDs têm maior durabilidade.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

CASA DE GARRAFAS PET


CASA DE GARRAFAS PET

O problema dos resíduos não degradáveis é um tema que vem alarmando a sociedade já faz algum tempo. E através de discussões sobre assunto, as pessoas passaram a dar um uso diferente para objetos que até então eram vistos como lixo. Já conhecemos barco feito de garrafas pet e hoje vamos mostrar que é possível resolver dois problemas de uma vez só com o uso das famosas vilãs do meio ambiente através da construção de casas feitas de garrafas pet.
A técnica, que não é tão nova assim, foi desenvolvida há nove anos por um alemão chamado Andreas Froese, e vem sendo utilizada já faz alguns anos em países como Nigéria, Colombia e Honduras. Hoje em dia a técnica já está se espalhando pelo mundo, mas ainda não são todos que a conhecem.
Primeiramente as garrafas são preenchidas com areia peneirada, depois disso já estão prontas para a utilização como se fossem um tijolo. As garrafas são colocadas lado a lado sobre um alicerce de cimento e atadas com um fita de nylon ou arame para que não se soltem. Depois é necessário preencher os espaços entre elas e para isso se usa lama.
Além da reutilização das garrafas plásticas e consequente contribuição ao meio ambiente, essa técnica apresenta outras vantagens em relação às casas de alvenaria comuns: o custo é inferior pois não são utilizados tijolos e materiais de construção comuns (custa em torno de 1/3 do que uma casa de alvenaria), além disso é mais fresca e durável.
Essa pode ser considerada uma ideia totalmente sustentável pois além de cooperar com o meio ambiente, pode ser uma alternativa para a construção de casas populares a um menor custo em países pobres ou em desenvolvimento. E o mundo agradece!